Psico-Educação


OPÇÕES DE SEGUIMENTO: 

PSICO-ONCOLOGIA / PSICOLOGIA EDUCACIONAL 

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A psicoeducação, não é mais do que uma ferramenta terapêutico-educacional que é utilizada pelo psicólogo com a função de simplificar a queixa do paciente, através da qual são demonstradas ao paciente as características basilares da sua patologia integrando-as na amplitude do contexto onde estas ocorrem, com o objetivo de que o paciente entenda e comesse a colaborar ativamente com todo o processo terapêutico.

Deste modo, torna-se possível fazer com que o paciente consegua, durante as sessões de psicoterapia, discutir de forma aberta e informada acerca das suas queixas de modo a que seja possível realizar-se um verdadeiro processo de tomada de decisão partilhada.

Segundo as teorias que fundamentam a importância da psicoeducação, se o paciente entender bem a sua doença e o processo de desenvolvimento da mesma, conseguirá, muito mais facilmente, agir de modo a evitar seus sintomas (que podem ser expressos através de crises, facilitando), reforçando de forma concomitante comportamentos que contribuem para o seu alívio.

Em termos práticos, a psicoeducação pode ser aplicada de diversas maneiras (áudios, slides, filmes, flyers etc), porque existem pacientes que a entendem melhor através de imagens, outros que memorizam mais facilmente através da escuta, etc, cabendo ao psicólogo descobrir qual o perfil e personalidade do seu paciente afim de utilizar da melhor maneira possível as potencialidades da Psico-Educação.

Par além do que foi alvitrado anteriormente, a Psico-Educação também pode ser aplicada à família do paciente, sendo cada vez mais consensual que a instrução sobre a doença, sobre as queixas recorrentes ou sobre os sintomas mais comuns, aos familiares pode ter uma grande importância ao nível da eficácia terapêutica do paciente, permitindo formar, informalmente, uma equipa de apoio clínico, bastante mais eficiente do que a que existia aquando do diagnóstico de cancro.

A este nível é igualmente importante ressalvarmos que sempre que o doente:

1) percebe o que significa o seu diagnóstico;

2) compreende como pode melhorar o seu prognóstico recorrendo às suas capacidades / conhecimentos;

3) está informado para que servem os tratamentos que está a realizar, e

4) compreende porque surgem efeitos secundários que vão surgindo,

para além de aderir muito melhor aos tratamentos preconizados, tende a apresentar uma maior estabilidade emocional por sentir que controla a sua patologia, transformando-se assim num poderoso aliado terapêutico dos clínicos que o estão a tratar.

Efetivamente, é muito mais fácil propor tratamentos e alterar indicações terapêuticas perante pacientes que percebem adequadamente a sua situação clínica. No caso especifico dos doentes oncológicos, a Psico-Educação adquire uma importância ainda maior porque estamos perante uma doença que obriga sempre a uma abordagem multidisciplinar que envolve simultaneamente várias especialidades médicas, obrigando ao domínio de terminologias muito especificas e variadas.

Como tal, se não existir o cuidado de se explicar ao paciente o porquê de cada tratamento e as possíveis consequências indesejáveis dos mesmos, este vai tender a sentir-se desorientado e incapaz de decidir o que é melhor para si e para a sua saúde, inviabilizando por completo a existência do tão desejado processo de decisão terapêutica partilhada, segundo o qual, deve ser o paciente a decidir (depois de devidamente informado) sobre que tratamentos e/ou via terapêutica que deseja seguir.