ArteTerapia


OPÇÕES DE SEGUIMENTO: 

PSICOTERAPIA / PSICO-ONCOLOGIA PEDIÁTRICA / CUIDADOS PALIATIVOS 

MARCAÇÃO DE CONSULTAS : 22 111 33 21 / 22 110 47 57 / 913 676 842

 

Resultando de uma fusão de conhecimentos entre as artes e a psicologia clínica, a Arteterapia consiste no uso de recursos artísticos/visuais ou expressivos como elemento terapêutico, podendo o resultado dos trabalhos elaborados ser explorado com fim em si mesmo (arteterpia - foco no processo criativo, no fazer) ou na análise/investigação da sua simbologia (arte como terapia).

Durante a sessão de arteterapia a pessoa é convidada a explorar aspetos do seu consciente ou inconsciente por meio da expressão artística (pintura, desenho, modelagem, escultura, poesia, dança, etc), sem por isso considerada uma forma de trabalhar psicoterapeuticamente, através da recursso à linguagem artística como base da comunicação médico-doente ou terapeuta-doente.

Tendo-se sempre bem presente que em arteterapia o próprio artista/paciente/cliente é quem faz a interpretação de suas criações, cabendo ao arteterapeuta apenas instigar esta investigação, existindo sempre uma relação triangular: o arteterapeuta, o paciente, e a arte (criada em terapia).

A prática da Arteterapia, apesar de puder basear-se em diferentes referenciais teóricos, como a Psicanálise, a Psicologia Analítica, a Gestalt-terapia, entre outras abordagens advindas especialmente do campo da Psicologia, apresenta sempre como ponto comum o facto das interpretações clínicas surgirem como resultado da dinâmica criativa (obra criada, forma como foi desenvolvida a citada obra), sendo uma excelente abordagem para os pacientes que sentem dificuldades em falar a respeito dos seus conflitos pessoais, porque recorre aos recursos artísticos para que sejam projetados e analisados todos esses processos, obtendo-se uma melhor compreensão de si mesmo, e podendo ser trabalhados no intuito de uma libertação emocional.

A Arteterapia baseia-se assim na crença de que o processo criativo envolvido na atividade artística é terapêutico e enriquecedor, promovendo a qualidade de vida das pessoas, e tal acontece porque, através do "criar em arte" e do "refletir sobre os processos" e dos trabalhos artísticos resultantes, os pacientes conseguem ampliar o conhecimento de si próprios e dos outros, aumentar a sua autoestima, lidar muito melhor com sintomas, stress e experiências traumáticas, desenvolver recursos físicos, cognitivos, emocionais.

Efetivamente, as linguagens plásticas, poéticas, musicais, entre outras, podem por vezes ser bem mais adequadas à expressão e elaboração do que é apenas vislumbrado, por implicar uma apreensão simultânea de vários aspetos da realidade. 

Não sendo por isso de estranhar que uma obra de arte consegua, por si só, transmitir sentimentos como alegria, desespero, angústia e felicidade, de maneira única e pessoal, estando, dentro de limites lógico-conceptuais, sempre relacionadas com o estado de espirito em que se encontra o autor no momento da criação.

Deste modo., é perfeitamente compreensível que a comunidade cientifica encare a arte terapia como um importante catalisador, que favorece todo o processo terapêutico, facilitando bastante o contato com conteúdos internos e muitas vezes inconscientes, normalmente barrados por algum motivo, tornando o paciente capaz de expressar sentimentos e atitudes até então desconhecidos.

Como tal, podemos dizer com elevado grau de certeza que a Arteterapia é bastante benéfica para pessoas de qualquer idade, sendo utilizado tanto para o autoconhecimento e autoexpressão, como também nos casos de doenças psicológicas/psiquiátricas. E tal acontece porque a Arte terapia resgata o potencial criativo do homem, buscando a psique saudável e estimulando a autonomia e transformação interna para reestruturação do ser.

Finalmente, é importante alvitramos a existência de números estudos que reconhecem a arte terapia como uma mais valia irrefutável ao nível do acompanhamento psico-emocional dos doentes oncológicos e familiares, especialmente quando existem dificuldades evidentes de expressão emocional de/ou dificuldades em expor diretamente o foco da preocupação patológica que está a potencializar o mal-estar psicológico.