Avaliação Física e Mental


OPÇÕES DE SEGUIMENTO: PSICO-ONCOLOGIA / SAÚDE MENTAL / PSICO-ONCOLOGIA PEDIÁTRICA / CUIDADOS PALIATIVOS / ONCOLOGIA MÉDICA / PSICOLOGIA EDUCACIONAL

MARCAÇÃO DE CONSULTAS : 22 111 33 21 / 22 110 47 57 / 913 676 842

 

Apesar de parecer bastante rudimentar, a existência de uma consulta multidisciplinar especificamente direcionada para a realização de uma apurada avaliação física e psicológica do doente oncológico é fundamental para se possa efectuar um levantamento de necessidades globais que irá facilitar bastante a realização das terapias preconizadas e/ou a eficiência dos encaminhamentos clínicos necessários.

Efectivamente, muito do insucesso dos Tratamentos Físicos e/ou Psicológicos dos doentes oncológicos e dos seus familiares resultam da não realização de uma minuciosa avaliação do estado global do paciente, limitando-se a aferir as suas necessidades com base no diagnóstico inicial, estadiamento preconizado e tratamentos que estão a ser realizados.

Contudo, se queremos tratar cada doente como uma unidade funcional independente (porque todos somos seres únicos com dinâmicas físicas e psicológicas especificas), a realização deste tipo de avaliação transforma-se numa prioridades clínica.

Tendo sempre bem presente que o nosso funcionamento mental impacta diretamente sobre o  funcionamento fisico e que este tem extensas repercussões no  bem estar psicológicos, tratar psiquicamente ou fisicamente um paciente indevidamente avaliado, para além de ineficaz pode ser contraproducente. A titulo de exemplo, imagine-se o que é tratar psicologicamente um paciente no sentido deste se preparar para a morte, porque os indicadores clínicos gerais assim o determinam e o prognóstico realizado assim o prediz, numa fase em que este evidencia uma jovialidade surpreendente uma uma vontade enorme de viver. Contudo, também não será correto realizar uma abordagem terapêutica que fomente a esperança e a combatividade que vá ao encontro do bem-estar percepcionado pelo paciente e na sua vontade de viver, quando sabemos que o seu tempo de sobre-vida está severamente condicionado.

Como é evidente, no caso descrito anteriormente e em casos similares, para que exista equilíbrio entre os objetivos terapêuticos estabelecidos, o estado geral de saúde percepcionado e o prognóstico clínico estabelecido, é crucial que se realize uma apurada avaliação física e psicológica do paciente e se efetue o enquadramento operacional das mesmas na realidade clínica descrita no processo clínico hospitalar do paciente.

Neste sentido, sempre que subsistam dúvidas sobre a realidade clínica de um dado paciente e/ou se apure alguma incongruência entre os registos clínicos hospitalares e o estado de saúde aparente do paciente, é crucial que seja realizada uma apurada consulta multidisciplinar que promova uma avaliação global da condição do doente (fisico e mental) que contemple dados endócrinos, hematológicos, neurológicos, fisiológicos, anatómicos, psicológicos, entre outros para que se possa selecionar o tratamento e a abordagem psicoterapêutica mais adequada à situação, sempre sem negligenciar a vontade do paciente que deverá participar sempre em todos os processos de decisão.

Nota - A presente consulta, também poderá ser importante ao nível do acompanhamento dos familiares, porque as estratégias interventivas selecionadas para esta população especifica estão muitas vezes condicionadas e/ou correlacionadas pelo estado geral do doente oncológico.